Personas

taça de vinho.. silencio.. aquela vontade de se esconder na serra..ou não!
a morte da vontade de sair e cair no meio dessa noite sem a menor graça.. no fim acabamos só e as vezes se memória.. que vida engraçada! vivemos à espera de alguma coisa.. de alguma razão para ter um draminha qualquer na nossa vida que faça o sono ser muito mais difícil.. e o inverno muito mais melancólico!
e ainda assim é só uma taça de vinho... preguiça! preguiça daquelas que nao é de sono.. é de vida..queria continuar naquele sofá!
ouço meu proprio silencio como que ouve uma musica boa em um show bacana e fecha os olhos para imaginar alguma coisa que a faça bem e nada imagina... só ouve.. ouvimos.. quero ouvir.. ouvir meu silencio.. e rir das possibilidades que poderiam acontecer e que estão podadas no meio da preguiça que eu sinto daquele bando de gente..
que confuso.. que saco.. quero mais vinho! Merlot? pode ser.. é mais um vinho em mais uma vida daquelas que brincamos de ser o que queremos ser.. pobre de nós atores de vida.. que mesmo com todas essas possibilidades sofrem!!! que bobagem.. que problemática desregular.. que preguiça de tudo isso!!!!!!!!
Boa tarde..


Quanto tempo!!!!

Quase nem me lembrava de vc..

Quase nem queria vê-lo novamente..

Estava esperando a hora de você voltar,

Mas já sem expectativas.

Ainda bem que está aqui..

Precisava te falar..

Obrigada por voltar..

Meu querido silêncio.


Hoje pude encontrá-lo dentro de mim.. Como a muito não ocorria.



- Fique mais um pouco.. ainda tenho aquela xícara de chá.

De volta à Alice..

Volta no tempo e do tempo passado não me lembro de nada o que aconteceu..

Volta no tempo e de tempo presente quero me dar uma chance de voltar a ser eu.

Ainda gosto das mesmas musicas e dos mesmos bares,

Não mais das mesmas companhias, mas jogo

Jogo e desenrolo aquele prazer de vida

que esqueci guardado na minha mala para Madrid

desembaço os óculos com a minha manga surda e guardada naquele armário de novidades que nunca mais abri..

abro tudo de novo

joguei em cima da cama e separei aquilo que me faz plenamente feliz

desculpe meu mundo de te deixar na metade

só pelo simples prazer de te-lo puramente dentro de mim.

e fim.. segue o seco da vida mais delicioso que podemos ter..
 
fim.. de fim de volta ao começo.
 
fim..de enfim!
deletar.. esquecer.. engolir.. morrer.. que vida fácil temos hj!
podemos colocar e tirar da nossa vida quem realmente importa .. ou não!
que ironia.. que facilidade!
surdos, mudos, ou simplesmente sem o tal querer que se esbaldeiem nesse desapego que é a vida!
porque no fundo no fundo não vale a pena... mas só descobrimos isso quando as lágrimas começam a ser constantes..
o mais difícil.. o mais legal.. o mais interessante.. o que nos faz pensar? na verdade todos ou nenhum..
lembra da fatídica frase: "estamos só por opção!" nem sempre é verdade.. mas sim uma consequencia!

eu ainda quero!

"Quero acordar do seu lado num domingo de manhã e saber que não temos hora para sair da cama. E, depois, ir tomar café na padaria e ler o jornal com você. Quero ouvir você me contar sobre o trabalho e falar detalhadamente de pessoas que eu não conheço, e nem vou conhecer, como se fossem meus velhos amigos. Quero ver você me olhar entre um gole de café e outro, sem nada para dizer, e apenas sorrir antes de voltar a folhear o caderno de cultura. Quero a sua mão no meu cabelo, dentro do carro, no caminho do seu apartamento. Quero deitar no sofá e ver você cuidar das plantas, escolher a playlist no ipod e dobrar, daquele seu jeito metódico e perfeccionista, as roupas esquecidas em cima da cama. E que, sem mais nem menos, você desista da arrumação, me jogue sobre a bagunça, me beije e me abrace como nunca fez antes com outra pessoa. E que pergunte se eu quero ver um DVD mais tarde. Quero tomar uma taça de vinho no fim do dia e deitar do seu lado na rede, olhando a lua e ouvindo você me contar histórias do passado. Quero escutar você falar do futuro e sonhar com minha imagem nele, mesmo sabendo que eu provavelmente não estarei lá. Quero que você ignore a improbabilidade da nossa jornada e fale da casa que teremos no campo. Quero que você a descreva em detalhes, que fale do jardim que construiremos, e dos cachorros que compraremos. E que faça tudo isso enquanto passa a mão nas minhas costas e me beija o rosto. Quero que você nunca perca de vista a música da sua existência, e que me prometa ter entendido que a felicidade não é um destino, mas a viagem. E que, por isso, teremos sido felizes pelos vários domingos na cama e pelos sonhos que compartilhamos enquanto olhávamos a lua. Que você acredite que não me deve nada simplesmente porque os amores mais puros não entendem dívida, nem mágoa, nem arrependimento. Então, que não se arrependa. Da gente. Do que fomos. De tudo o que vivemos. Que você me guarde na memória, mais do que nas fotos. Que termine com a sensação de ter me degustado por completo, mas como quem sai da mesa antes da sobremesa: com a impressão que poderia ter se fartado um pouco mais. E que, até o último dia da sua vida, você espalhe delicadamente a nossa história, para poucos ouvintes, como se ela tivesse sido a mais bela história de amor da sua vida. E que uma parte de você acredite que ela foi, de fato, a mais bela história de amor da sua vida. Que você nunca mais deixe de pensar em mim quando for a Londres, escutar Dream' Bout Me ou ler Nick Hornby. E, por fim, que você continue a dançar na sala. Para sempre. Mesmo quando eu não estiver mais olhando."




("O que eu quero de você", Milly Lacombe)
Anyway, I can try


Anything it's the same circle

That leads to nowhere and I'm tired now.


Anyway, I've lost my face,

My dignity, my look,

Everything is gone

And I'm tired now.


But don't be scared,

I found a good job and I go to work

Every day on my old bicycle you loved.


I am pilling up some unread books under my bed

And I really think I'll never read again.


No concentration,

Just a white disorder

Everywhere around me,

You know I'm so tired now.


But don't worry

I often go to dinners and parties

With some old friends who care for me,

Take me back home and stay.


Monochrome floors, monochrome walls,

Only absence near me,

Nothing but silence around me.

Monochrome flat, monochrome life,

Only absence near me,

Nothing but silence around me.


Sometimes I search an event

Or something to remind,

But I've really got nothing in mind.


Sometimes I open the windows

And listen people walking in the down streets.

There is a life out there.


But don't be scared,

I found a good job and I go to work

Every day on my old bicycle you loved.


Anyway, I can try

Anything it's the same circle

That leads to nowhere and I'm tired now.


Anyway, I've lost my face,

My dignity, my look,

Everything is gone

And I'm tired now.


But don't worry

I often go to dinners and parties

With some old friends who care for me,

Take me back home and stay.


Monochrome floors, monochrome walls,

Only absence near me,

Nothing but silence around me.


Monochrome flat, monochrome life,

Only absence near me,

Nothing but silence around me.



Yann Tiersen